terça-feira, 6 de agosto de 2013

Rosilete dos Santos apoia manifesto para ampliação do boxe feminino nas Olimpíadas


O boxe feminino foi incluído nas Olimpíadas na última edição, em 2012. Porém, apenas três categorias foram disputadas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) prometeu rever as disputas para os próximos jogos, que serão realizados no Brasil.

Porém, a disparidade entre o boxe masculino e o boxe feminino nas Olimpíadas parece que continuará nos próximos jogos, que acontecerão em 2016. O boxe masculino será disputado com dez categorias enquanto o boxe feminino continuará com apenas três categorias.

Para a campeã mundial de boxe, Rosilete dos Santos, a diferença dentro do esporte dificulta o crescimento do boxe feminino. “Acredito que a maior dificuldade que nos mulheres enfrentamos é a falta de apoio, tanto no boxe olímpico, quanto no profissional”, disse.

Diante desta grande diferença que acontecerá no esporte nas Olimpíadas de 2016, Rosilete dos Santos entrou com tudo na campanha da WBAN (Women Boxing Archive Network), que organiza uma petição para que o boxe feminino tenha mais representatividade nos jogos.

Além de assinar esta petição, Rosilete dos Santos fez uma carta de apoio e um protesto com a atual situação. Rosilete é campeã mundial pela WIBA (Women’s International Boxing Association) e pela WPC (World Pugilist Commission). A lutadora aposentou-se em julho, após anos dedicados ao boxe. Veja o manifesto da boxeadora.

“Com apenas três categorias, o prejuízo para o boxe olímpico feminino é enorme. Isso limita o número de mulheres nas Olimpíadas e também faz com que elas desistam do boxe olímpico. Três categorias fazem com que a diferença de peso fique maior e as lutadoras tenham que perder ou ganhar muito peso. O COI deve mudar sua decisão e abrir mais opções. Se os homens têm 10 categorias, nós mulheres temos o direito de ter o mesmo número e pode ter certeza que temos mulheres de nível para lutar em todas as categorias. Eu, como  brasileira e campeã mundial, vou lutar muito para que esse quadro seja mudado, ainda mais em uma competição no meu país. Essa falta de apoio foi um dos motivos para a minha aposentadoria antecipada do Boxe. Muito se fala em acabar com a discriminação entre homens e mulheres, mas vemos essa desigualdade em alguns pontos, como está acontecendo no boxe olímpico. Se não mudarmos e mostrarmos que é possível chegar ao topo, essa diferença não acabará. Por isso, temos que continuar lutando em todos os sentidos e eu serei parte desta luta”.

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